domingo, 25 de setembro de 2011
Desapego
Meus olhos deixaram de ser o de Capitu e se transformaram nos olhos duvidosos de Bentinho, cujo, dou lhe a razão por desconfiar daquela ressacada mulher que lhe permitiu amar e sem clareza trouxe a maldição da angústia. Odeio essas pessoas dissimuladas que "tapa o sol com a peneira" e mesmo que a máscara veneziana não cubra mais os rostos delas, continuam encenando a história do filho do Gepeto. Deus! afasta de mim esse cálice de veneno de cobra cega, pois sou ingênuo para adestrar esse bicho deficiente de afeto e bondade. Daí me luz e amor sincero. Sonego as migalhas que restam das festas dos reis, pois minha fome é de humanidade e luta pela Paz. Não recuo da solidão, pois ela me deixa um tanto livre e me mostra como se vive de verdade. E o amor, sabe onde foi parar? Sim! no cérebro dos tolos. Eu fui mesquinho com minha racionalidade e o amor me destruiu com medidas homeopáticas. Não acredito nas mulheres e nem nos homens, só os tolero. E o pior é que o mundo foi feito pra esses caras pálidas de sorriso amarelo e com demagogia afiada na ponta língua. Os dias estão contados e o fim também.
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