sábado, 21 de abril de 2012

Juros sem juízo.

E por alguma razão a vida dizia que todo esse topor seria cessado. Pura balela. Na verdade, as flores permaneceram nos seus devidos lugares e o vento de Caçapava soprou todas as noites na sacada da Pinheiro Machado. Só aquela majestosa inquietude que surgiu no ínfimo mais vazio se comportou como forma geométrica. Perante a essa passagem de vetores e ângulos, eis que me faço presente, molhado e mal acabado, inserido na nebulosa tempestade que me convida a abrir mão do genuíno. Eu não merecia viver a miserável diária do eloquente pensamento incerto do leão. Aliás, sou peixe pequeno nadando na terra árida de um poço de lágrimas fervescente, ou seja, é aquela história de atirar fogo na chuva. Por qualquer razão ou circunstância, o rei da manada deixou de olhar para beleza da sereia, tornando frio e cinza a paisagem. A era do gelo ainda é glacial no meu território de conforto. Outra coisa também, é que por aqui o ativista não tem palavra ativa, tampouco ouvidos, mas o caolho tem visões de águia. Será que me prendi numa ilusão? ou meu realismo nato me suspendeu a superfície?. Simplesmente, perceba que seu amor anda negligente e com dívida acumulativa no meu comércio. Saracotear não revoga a sentença, não sem provas plausíveis de respeito e adoração. Só desejo ser feliz como nos finais dos livros de romance, feliz pra sempre!.